sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Último Mnemônico Temporal

Os policiais corporativos me carregaram semiconsciente por um corredor. Me prenderam em uma cama. Logo abririam minha cabeça, pois eu era o único portador vivo do chip que permitiria a alguém voltar com a consciência no tempo sem perder a memória.
Olhei para o cientista responsável. Era um amigo disfarçado, prestes a fazer algo idiota. Meus músculos não me obedeciam. Encostou dois fios em minha cabeça, me eletrocutando. Todos se desesperaram. Apesar de inerte, senti o chip sendo ativado.
Meu corpo tremeu. Desapareci do laboratório, e reapareci em um corredor, sendo carregado semiconsciente por policiais corporativos.

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Este conto tem exatas 100 palavras, incluindo o título, e foi feito como um exercício para a Oficina de Escrita Criativa da Pandora Escola de Arte, ministrada pelo autor e editor da Trasgo, Rodrigo van Kampen. 

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